Catálogo de Lançamentos e Best Sellers | 2023-2024

18 LANÇAMENTOS DICIONÁRIO DE TERMOS TEOLÓGICOS LATINOS E GREGOS Richard A. Muller A habilidade de trabalhar produtivamente no campo da teologia, como uma disciplina estabelecida há muito tempo, repousa em grande medi- da no domínio do vocabulário. A tarefa é, sem dúvida, difícil para os es- tudantes em geral. A linguagem técnica da teologia ainda aparece com frequência em grego ou latim. Não só a precisão das línguas originais se perde muitas vezes na tradução para o português, mas muitas das obras-padrão no campo da teologia continuam a usar termos latinos e gregos, presumindo que os estudantes já dominam esse vocabulário. O objetivo deste volume é fornecer um vocabulário teológico introdutó- rio que ajudará os estudantes a superar as difi culdades inerentes nas obras atuais em inglês e português que usam termos latinos e gregos, oferecendo defi nições claras e concisas dos termos para estudantes de vários níveis. a fortiori : ainda mais ; literalmente, do mais forte # especificamente, por causa de um argumento ou racio cínio mais robusto. a maximis ad minima : do maior para o menor ; viz., uma ordem de discurso ou argumento; ou apenas uma frase inclusiva que indica “tudo” ou “todos”. a nemine : de nada , de ninguém ; é um termo usado para descrever Deus Pai, que não foi gerado nem animado; o Pai é a nemine , e o Filho e o Espírito ;anto são ambos a Patre , do Pai. >eja aOennɔsia ; filioY]e ; opera Dei personalia ; Trinitas . a parte Dei : da parte de Deus . No caso de uma obra ou operação com preendida como realizada conjunta ou concomitantemente por Deus e um ser humano, uma distinção pode ser feita no que diz respeito a parte Dei e o que é feito a parte hominis . a parte hominis : da parte do homem . >eja a parte Dei . a posse ad esse : do potencial à rea- lidade ; literalmente, de “ser capaz” a “ser”. >eja actus ; esse ; essentia ; potentia . a posteriori : do último ou de uma instância ou perspectiva subsequente ; é uma descrição do raciocínio indu tivo que se move do efeito para a causa, da instpncia específica para o princípio geral# especificamente, é um termo aplicado às provas da existência de Deus que começam com a ordem finita e ascendem à causa primária ( prima causa , q.v.), ou primeiro propulsor ou movedor ( primum movens , q.v.). >eja causa . a praesenti statu : do estado presente ou condição presente . a priori : do primeiro ou de uma instância ou perspectiva anterior ; é uma descrição do raciocínio dedutivo que se move da causa para o efeito, do geral ou princípio para o específico# é um termo aplicado particularmente à prova ontológica da existência de Deus, desenvolvida por Anselmo, que se move da ideia de Deus para a existência real de Deus. O termo também pode ser aplicado, embora de forma menos precisa, à ordem de sistemas de teologia que come çam com princípios fundamentais ( principia theologiae , q.v.), a Escritura e ,eus, e, a seguir, movem se adiante através das obras de Deus de uma forma mais ou menos dedutiva ( opera Dei , q.v.) para a doutrina do último dia ( dies novissimus , q.v.). O termo não se aplica com absoluta precisão a esses sistemas, uma vez que não são puramente dedutivos em estrutura, mas frequentemente Aa obedientia ; também oboedien- tia : obediência . obedientia Christi : obediência de Cristo ; viz., o trabalho obediente de Cristo como Mediador, realizado para nossa redenção; a obediência de Cristo foi distinguida em obedientia activa e obedientia passiva , obediência ativa e passiva, respectivamente. A obedientia activa descreve a vida de Cristo desde o seu nascimento até a sua paixão e, em particular, o seu ministério, durante o qual Cristo agiu sem pecado e em perfeita obediência à vontade de Deus. A obedientia passiva refere se à pai`ão de Cristo, durante a qual Ele acei tou passivamente, sem qualquer resistência, o sofrimento e a cruz aos quais foi submetido para a sa tisfação pelo pecado. ;egundo os escolásticos medievais, seguindo Anselmo, a obedientia activa não era de uma natureza substitutiva ou vicária, mas, antes, era a própria obediência necessária de Cristo sob a Lei, o fundamento do pró prio mérito de Cristo e, portanto, da sua aptidão para o trabalho de satisfação pelo pecado. ;e o 5e diador não fosse meritório diante de Deus, o pagamento da obedientia passiva teria sido exigido dele pela sua própria desobediência e não poderia ser aplicado aos cristãos. Essa visão da sua obediência rela ciona se diretamente com a teoria medieval da penitência e da distinção entre punição ( poena , q.v.) e culpa ( culpa , q.v.). A poena advém a qual quer pessoa que não é ativamente obediente, enquanto a culpa é o resultado, qualitativamente falando, do pecado. +onsiderando se que a obedientia passiva realizou a remissão dos pecados ( remissio peccatorum ), aqueles salvos pela graça por in termédio de Cristo têm a sua culpa removida, uma vez que a obedientia activa foi realizada para constituir Cristo como o Mediador digno, e não se aplica aos pecadores, a poena do pecado permanece e tem de ser sofrida temporariamente por intermédio do sacramento da penitência. Os escolásticos pro testantes, luteranos e reformados, seguindo Lutero, argumentaram que tanto a obedientia activa quanto a obedientia passiva foram realizadas no lugar dos cristãos e em nome destes e, juntas, constituem a obra salvífica de +risto, satisfazendo tanto a poena quanto a culpa pelo pecado. A obediência de Cristo, portanto, segundo os escolásticos protestan tes, remiu o pecado de tal forma a ponto de tornar desnecessário o sacramento da penitência. Essa visão da obediência de Cristo con forma se à doutrina da justificação sola fide , à parte das obras da Lei. Os escolásticos protestantes, uma Oo ta dynata ( ta . dunata , ): coisas possíveis ; viz., todos os existentes possíveis definidos como possível, visto que não são violações da lei de não contradição; como distinto de ta mellonta (q.v.), coisas que de vem ser, os existentes possíveis, ou possibilia , que não necessariamente serão trazidos a ser. >eja possibilia ; scientia libera ; scientia necessaria ; scientia simplicis intelligentiae . ta mellonta ( ta. me, llonta ): coisas a serem ; viz., as coisas possíveis que Deus deseja fazer, opostas às coisas possíveis que Deus deseja deixar sem fazer; assim, apenas uma parte de todo o domínio da possibilidade, ta dynata (q.v.). >eja possibilia . tabula rasa : tábula rasa ; é um termo usado para descrever a mente no nascimento antes da sua recepção de qualquer conhecimento. O ter mo pode ser aplicado na manei ra aristotélica para indicar que o substrato intelectivo ou intelecto possível ( intellectus possibilis , q.v.) nasce no mundo sem quaisquer ideias inatas, mas, antes, recebe as ideias de formas das coisas por meio da apreensão sensória. A doutrina aristotélica está em oposição ao ensino platônico de anaUnɔsis , a lembrança inerente ou inata das ideias que a alma conhece antes da sua incorporação. A expressão também pode ser usada sobre um contexto aristotélico e receber uma qualificação a mais que as ideias que também são implantadas na mente por Deus. Ou, conforme no início da Era Moderna, pode ser empregada na filosofia de LocSe para negar todo o conhecimento implantado ou inato e para indicar todo conhecimento que vem pela e`periência. >eja cognitio innata ; cognitio insita ; phantasma . tantundem , também tantidem : tão grande quanto , tanto quanto , equivalente . tantus, -a, -um (adj.): tão grande , de tal tamanho . Também só , como em non tantum... sed eitam , não só... mas também. taXMiV˛sis ( tapei, nwsij ): humilhação . >eja status humiliationis . ta]tWtēs ( tauvto,thj ): identidade . tautousios ( tauv tou, sioj ): de essência idêntica . >eja homoousios . tMTMi˛sis ( telei,wsij ): cumprimento ou perfeição ; e.g., Lucas 1.45. telos ( te, loj ): objetivo . >eja causa finalis ; finis . temperantia : temperança , modera- ção , continência ; é uma das quatro Tt SUMÁRIO − Prefácio da Segunda − Prefácio da Primeira − Nota ao Leitor − Transliteração do Grego − Abreviações − Entradas do Dicionário de A – Z − Índice em Português para os Termos Latinos e Gregos − Bibliografia INFORMAÇÕES TÉCNICAS Código: 339336 Formato: 14,5 x 22,5cm Páginas: 448 págs. Acabamento: Brochura Categoria: Teologia SOBRE O AUTOR Richard A. Muller é PhD pela Duke University , é P.J. Zondervan Professor Emérito de Teologia Histórica e membro sênior do Junius Institute for Digital Reformation Research no Calvin Theological Seminary . É também autor de inúmeros livros. TRECHO DO LIVRO “Após a morte de Lutero, Melâncton e os seus apoiadores tentaram garantir a paz do império e a segurança dos luteranos ao per- mitir a reinstituição da jurisdição e prática romanas como adiaphora, desde que a verdadeira doutrina e a pregação do evangelho não fossem obstruídas.” 198 Ii ordem temporal de conhecimento. >eja in signo rationis . institutio : instrução , a base formal para a educação ; é um termo usado em títulos de várias obras clássicas importantes: Institutio oratoria , de Quintiliano; os manuais roma nos de jurisprudência, Institutiones iuris civilis ; Divinae institutiones , de Lactâncio; e Institutiones divinarum et saecularium lectionum . Os títulos dessas obras passam para a Reforma no Institutio christianae religionis . Foi subsequentemente usado por Gu lielmus Bucanus, um dos primeiros teólogos reformados ortodoxos, Institutiones theologicae seu locorum communium christianae religionis ¸ um eco consciente de +alvino ¸ e por ;imão Episc~pio, arminiano, Institutiones theologiae . Em todos os casos, o termo indica uma instrução básica para a disciplina. instrumenta operativa sive effectiva : instrumentos efetivos ou operativos ; viz., a Palavra e os sa cramentos. >eja media gratiae ; organa gratiae et salutis . instrumentum : instrumento ; um meio, ou medium , usado para pro duzir o efeito desejado. instrumentum aergon ( av ergo, n ): um instrumento inoperante ou inativo ; distinto de instrumentum sunergo, n ( synergon ), um instrumento coope rativo. instrumentum arbitrarium : um instrumento ou meio escolhido de forma voluntária , distinto de um instrumentum necessarium , instru mento necessário; uma distinção usada em discussões para mediar a obra providencial de Deus, na qual Deus administra ou governa a ordem mundial usando coisas da sua ordem como instrumentos ou meios de governança. Deus, em outras palavras, não está amarrado a instrumentos ou modos particu lares da causalidade instrumental, mas pode empregar instrumenta arbitraria . >eja providentia . instrumentum coniunctum : um instrumento unido ou ligado ; tam bém instrumentum unitum (q.v.). Na cristologia, a natureza humana de Cristo pode ser chamada instrumen- tum da Palavra; ainda assim, não é um instrumentum separatum (q.v.), ou instrumento separado, uma vez que ele está em união com a Palavra; na verdade, pessoalmente ligado ( personaliter coniunctum ) à Palavra. iVstr]UMVt]U i]stiÅKatiWVis : instZ]Uento da R]stificatro ; i.e., fé. A justificação é alcançada pela graça em um actus forensis com fundamento na fé. Tanto os reformados quanto os luteranos consideram a fé como um instrumento passivo na justifi cação, uma vez que a fé não causa a justificação, mas é o Uedi]U lɔXtiSon (q.v.) da justificação. 215 Kk as naturezas são fundidas em uma pessoa composta, e.g., nestorianismo. kritēria ( krith, ria ): critérios , pa- drões , particularmente aqueles envolvendo decisões legais . krypsis ( kru, yij ): um esconderijo ou ocultação # trata se de um termo usado pelos escolásticos luteranos, particu larmente aqueles da Universidade de Tübingen, para indicar a não manifestação de atributos divinos comunicados à natureza humana de Cristo. A humanidade de Cristo durante o status humiliationis (q.v.), ou estado de humilhação, estava em plena posse ( Stɔsis , q.v.) dos atributos divinos, mas, não obstante, pare ciam fracos e finitos. 7s te~logos de Tübingen argumentam não só pela plena possessão, como também pelo pleno uso ou exercício ( cPZɔsis ) dos atributos divinos durante o estado de humilhação, a ponto de sustentarem que a ubiquidade da humanidade de Cristo indicada pelo sessio Christi (q.v.), ou o assentar se de +risto à direita de Deus Pai, era tão verdadeiro em relação ao status humiliationis quanto em relação ao status exaltationis (q.v.), ou estado de exaltação. A fraqueza e finitude da humanidade de +risto eram para ser explicadas pela ocul tação do exercício dos atributos, por um krypsis . Esse conceito tem de ser distinguido da ideia reformada de um occultatio (q.v.), ou ocultação da natureza e atributos divinos sob a natureza humana. A Faculdade Lute rana emGiessen, contra os teólogos de Tübingen, argumentava não só em favor de uma krypsis , como também de uma limitação do uso, ou exercício ( cPZɔsis ), dos atributos dados à natureza humana. Giessen, portanto, poderia argumentar por uma distinção real entre o status humiliationis e o status exaltationis . ktēsis ( kth/ sij ): possessão ; é um termo usado pelos escolásticos luteranos na sua discussão da comunicação da onipotência, onisciência e onipre sença para a natureza humana de Cristo durante o status humiliationis (q.v.), ou estado de humilhação. +onsiderando se que os atributos são comunicados na unio personalis (q.v.), ou união pessoal, como resultado da comunhão das naturezas ( communio naturarum , q.v.), a natureza humana de Cristo está na possessão ( Stɔsis ) dos atributos divinos, embora os atributos no estado de humilha ção sejam quiescentes e seu uso ou função (crh/sij, cPZɔsis ) limitado. O status exaltationis (q.v.), ou estado de exaltação, a Stɔsis de Cristo, ou possessão, dos atributos divinos serão plenamente manifestados na sua cPZɔsis , ou uso, na natureza humana e por intermédio dela. É possível fazer uma distinção entre omnipraesentia intima sive partialis (q.v.), ou onipresença parcial ou secreta, durante o estado de humilhação e a praesentia extima sive totalis (q.v.), ou presença total ou para fora, exerci da durante o estado de exaltação. Ll de Deus, mas não do poena sensus , ou punição dos sentidos, infligida aos pecadores condenados. Além disso, os patriarcas estavam apenas esperando o anƒncio final da salva ção; o limbus deles era considerado distinto do limbus infantum e ficava ainda mais distante das dores do 1nferno e purgat~rio. :eferia se a ele com frequência como “o seio de Abraão”. O protestantismo rejeita o conceito de limbus , assim como rejeita as doutrinas de graus de mérito e de pecado. O limbus pa- trum é explicitamente rejeitado no tratamento protestante ortodoxo da descida para o Inferno. Os escolás ticos protestantes consideram todos os receptacula animae , ou receptáculos da alma, p~s morte, viz., purgatorium , limbus puerorum ou limbus infantum e limbus patrum como invenções ou fabricações de Roma. localis inclusio : inclusão local ; es pecificamente, a inclusão do corpo e do sangue de Cristo localmente no pão e vinho do sacramento. >eja consubstantiatio ; impanatio ; praesentia localis . localis subsistendi modus : um modo ou maneira local de subsistência ; i.e., a forma pela qual qualquer ser corp~reo subsiste e comporta se, tendo uma presença local ( praesentia localis ), como distinta da presença repletiva ou plena ( praesentia repletiva , q.v.) ou presença definitiva ( praesentia definitiva ). Na cristologia, o termo faz referência ao modo de subsistir característico do corpo de Cristo durante a sua vida terrena e o corpo de Cristo na sua exaltação celestial quando considerado segundo as suas propriedades próprias, ou idiomata . Os escolásticos reformados insistem que esse é o único modus subsistendi (q.v.) que pode ser atribuído à natureza humana de Cristo. Os luteranos, no entanto, com base na visão deles do communicatio idiomatum (q.v.), ou comunicação das qualidades apro priadas, argumentam também em favor do illocalis subsistendi modus , ou modo ilocável de subsistência que pertence à natureza humana de Cristo. O illocalis subsistendi modus explica tanto a aparição de Cristo aos discípulos depois da ressurreição “[...] estando as portas fechadas” (2o .1!, 6) quanto a presença real de Cristo no pão e no vinho do sacramento. >eja praesentia ; praesentia illocalis sive definitiva ; ubiquitas . localiter : localmente ; i.e., uma forma de estar presente que é definida espacialmente. >eja praesentia ; prae- sentia illocalis sive definitiva . loci communes : lugares-comuns ; a coleção de tópicos básicos, ou loci , em qualquer campo de estudo; na teologia, especificamente loci nas Escrituras, a interpretação desses loci , tópicos tradicionais e debates no corpo ordenado da doutrina cristã; um título padrão para tais sistemas de doutrina. >eja corpus

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