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14 LANÇAMENTOS MANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OBREIROS CRISTÃOS Marcio José Estevan Nesta obra, o professor de língua portuguesa e literatura, Marcio Es- tevan, lhe levará a um mergulho ao mundo das palavras. Fornecendo conceitos básicos de gramática, abrangendo fonologia, morfologia, sintaxe e semântica, além da citação de diversos versículos, Manual da Língua Portuguesa para Obreiros Cristãos abre um caminho para uma maior compreensão da Palavra de Deus, auxiliando no estudo e transmissão de ensinamentos bíblicos. SOBRE O AUTOR Marcio José Estevan é bacharel em Letras com especialização em Tradução pela Universidade Paulista – UNIP, formado em Teologia pela Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus (EETAD), bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Maringá (Cesumar), professor de Língua Portuguesa e Literatura, e presbítero na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Valinhos-SP. RECOMENDAÇÕES Conheço o autor há mais de 40 anos e posso testemunhar que a sua vida de intimidade e comunhão com Deus contribuiu para que esse trabalho chegasse a nossas mãos; trata-se de uma obra que será de grande valia em todo território nacional. Aconselho a leitura desta maravilhosa e importante obra que, certamente, enriquecerá a muitos - Aloízio Reis Mendes. Pastor Presidente Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério do Belém. Hortolândia – SP INFORMAÇÕES TÉCNICAS Código: 359727 Formato: 14,5 x 22,5 cm Páginas: 528 Acabamento: Brochura Categoria: Educação Cristã 81 FONOLOGIA vibração das cordas vocais. Basta pronunciar fonemas como estes, não acompanhados de vogal, posicionando levemente a ponta do dedo no pomo-de-adão para facilmente sentir o vibrar das cordas vocais. Já a produção de fonema surdo, como, por exemplo, /s/, /f/ ou /x/, com o mesmo procedimento não apresenta a mesma vibração. A pessoa terá a mesma experiência caso feche os ouvidos. Mas a captação auditiva do zumbido peculiar à vibração das cordas vocais só ocorre com os fonemas sonoros. DIFERENÇA ENTRE FONEMA E LETRA Já foi dito anteriormente que fonema é uma unidade mínima sonora que serve para distinguir as palavras de uma língua — em outros termos, fonema é a menor unidade sonora das palavras. Todavia, é necessário entender que, diferentemente do fonema, letra é a representação gráfica (escrita) dos fonemas da fala. Vejamos a diferença entre fonema e letra , ou seja, como falamos e como escrevemos. Percebe-se, pelos exemplos a seguir, que nem sempre o número de fonemas em uma palavra é igual ao número de letras e vice-versa: Pregas Vocais Epiglote tecido cuneiforme Pregas Vestibulares Manual de Lingua Portuguesa p Obreiros Cristao.indb 81 08/03/2023 09:25 MANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OBREIROS CRISTÃOS 82 começo => / komesu / emocionante => / emosionãti / hoje => / oje / carro => / karro / Construindo conceitos Fonologia => Parte da gramática que estuda os fonemas. Fonemas => Unidades sonoras mínimas distintas na fala. Letras => :epresentação gráfica dos fonemas. C ola cala nota bola bala bota mola mala cota O fonema exerce duas funções: • Sozinho ou ao lado de outros fonemas, constitui palavras. • Distingue uma palavra da outra. Observações : a. Os fonemas devem ser grafados entre barras: /f/ /o/ /m/ /e/. b. A diferença entre: f ome/ c ome e entre d e / s e está nos sons f / c e d / s . c. Muitas vezes um único fonema é representado por duas letras, e duas letras podem representar um só fonema, mas também uma só letra pode representar dois fonemas como é o caso da letra x . A isso damos o nome de dífono. >eja" :efle`o · letras" r e f l e x /o – 8 fonemas: r/e/f/l/e/ k / s /o. d. Enquanto na palavra s apo a letra S representa o fonema /S/ , na palavra cami s a a mesma letra representa o fonema /Z/ . e. Palavras grafadas com as letras z , s , x são pronunciadas com o fonema /Z/ (Zê), ou seja, com o mesmo som. Letra Z – mole z a, co z inha, de z enas Letra S – ca s aco, ca s a, pe s ada Letra X – e x ata, ê x ito, e x ercício Manual de Lingua Portuguesa p Obreiros Cristao.indb 82 08/03/2023 09:25 37 A LÍNGUA PORTUGUESA guerreira. A segunda teve início com o reinado de Augusto e abrange todo o período imperial, uma época de paz e de adaptação. Foi nesse ínterim que a península foi repartida em três províncias: a Tar- raconense, a Bética e a Lusitânia. Os romanos trouxeram o latim vulgar para a Lusitânia, região situada ao ocidente da Península Ibérica, ao sul de Portugal, e também na baixa Andaluzia, onde a influência fenícia adquiriu grande poder no mar e em terra, através dos cartagineses. Com fundamento nas pesquisas arqueológicas, etnológicas e linguísticas, concluiu-se que os povos cântabro-pirenaico e o mediterrâneo foram os pri- meiros a ocupar o solo peninsular, resultando na origem do povo basco e o ibero, respectivamente. Este último teve o papel mais importante na história da península; aliás, foi deste nome que os historiadores gregos cunharam o nome de região Ibérica. Era inevitável que a língua latina, na boca de gentes de índole e cos- tumes tão diversos, não se modificasse também diversamente em toda a Manual de Lingua Portuguesa p Obreiros Cristao.indb 37 08/03/2023 09:25 MANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OBREIROS CRISTÃOS 38 România. Ao receber o latim, cada povo transformava-o ao seu modo conforme os hábitos fonéticos próprios. À medida que conquistava novas colônias, Roma impu- nha-lhes a sua língua. Mas o latim que era falado e levado às colônias pelos legionários ou soldados, colonos, comerciantes e funcionários públicos romanos não era o latim clássico, mas o vulgar, que, na condição de língua oficial, se imp€s pela força das próprias circunstâncias: tinha o prestígio de língua oficial, servia de transporte a uma cultura su- perior e era o idioma da escola. Assim, o latim vulgar teve a sua saída de Roma, iniciou a sua trajetória e ingresso nas diversas colônias conquistadas, onde se modificou para dele originarem se os diversos romanços ou ro - mances, especialmente, no nosso caso, na Península Ibérica, região em que se desenvolveu o galego-português e, a partir dele, a língua portuguesa. Portanto, as terras conquistadas por Roma passaram a ser chamadas de România, e as diversas formas assumidas pelo latim chamaram-se “romanços” ou “romances”. Muitos fatores contribuíram para a romanização das populações nativas. Entre eles, o recrutamento militar dos jovens provincianos que, depois de terem prestado o serviço ao exército, retornavam para a famí- lia; o excelente sistema de estradas que permitia fácil intercâmbio com a metrópole; o direito de cidadania concedido às urbes hispânicas pelos imperadores; por último, o cristianismo pregado pelos padres num latim muito acessível, que fez desaparecer as diferenças sociais. Há algumas situações relacionadas diretamente ao clero que nos reve- lam fatores que contribuíram para as transformações sofridas pelo latim vulgar na Península Ibérica. Por exemplo, segundo Rodolfo Ilari (1992), a igreja decidiu pela aproximação da língua vulgar ao latim culto da igreja, fazendo uso de um latim mais popular possível para redigir os textos do Manual de Lingua Portuguesa p Obreiros Cristao.indb 38 08/03/2023 09:25 MANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OBREIROS CRISTÃOS 40 POPULAÇÃO PRÉ-ROMANA NA PENÍNSULA IBÉRICA Os ibéricos e os célticos habitavam na região compreendida por Portugal e Espanha. Em Portugal, em especial, habitavam as seguintes tribos: túrdulos, ao norte do Tejo; egitanos, na Beira; pressuros, ao sul do Douro; grávios, ao norte; brácaros, no Minho; zelas, em Trás-os-Montes — algumas eram nativas, e outras eram resultantes do cruzamento dos celtas e de outros povos com os lusitanos. É importante ressaltar que os turdetanos ou tartéssios (antigo povo da Hispânia bética) estabeleceram-se no sul de Portugal e na baixa An- daluzia, que se supunha estarem etnicamente ligados aos iberos, mas cujo parentesco não foi até hoje comprovado. Segundo alguns intérpretes, os textos de 1 Reis 10.22 e de 2 Crôni- cas 9.21 concordam com a citação do historiador grego Heródoto (484 a.C–430 a.C.) mencionando as grandes riquezas minerais do território. Essas riquezas despertaram a cobiça de outros povos, dentre eles os fenícios e os gregos, que mantinham obstinação pela posse da região. A luta entre eles resultou na derrota dos gregos, levando as suas colônias à decadência e, consequentemente, à ruína da própria Tartesso. Uma vez expulsos os gregos, os fenícios estabeleceram-se na costa meridional da península no ano de 1100 a.C. Ali fundaram a cidade fenícia portuária de Gadir, hoje Cádiz, na costa atlântica. Novas colônias fenícias foram estabelecidas em outros locais da costa, como Málaga e Abdera, hoje Abdra. Contudo, os fenícios não se caracterizavam como um povo colonizador, pois viviam da navegação e do comércio e, por isso, não penetravam no interior das terras. Isso lhes proporcionou facilidade de incorporarem-se à grande massa das popula- ções indígenas, quando o seu poderio marítimo debilitou-se e as colônias entregues à própria sorte não puderam sustentar a sua independência. Os gregos, por sua vez, mostraram-se mais fortes e instalaram-se no levante, onde fundaram prósperos negócios. Segundo Coutinho (1973), “o povo da Península beneficiou se do convívio das duas culturas, aproveitando se da e`pe - riência de ambos para o desenvolvimento de sua arte, que foi verdadeiramente notável”. 7s celtas surgiram posteriormente, no século > a.+., e fi`aram se principalmente na Galécia e nas regiões altas do centro de Portugal. Pertenciam Manual de Lingua Portuguesa p Obreiros Cristao.indb 40 08/03/2023 09:25 TRECHO DO LIVRO “O conhecimento das funções gramaticais é uma ferramenta indispensável para todos os obreiros que se lançam à prática da Hermenêutica e da Exegese Bíblica no ministério do ensino, bem como da Homilética na exposição de mensagens. Portanto, o desempenho do trabalho para o qual fomos chamados e para o qual nos propomos tornar-se-á mais eficiente à medida que melhor conhecermos nosso idioma materno.”

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